Meu filho está falando palavrão: 4 dicas do que fazer

12 nov
0 comment

Seja copiando os pais, o irmão ou por ter ouvido na rua, cedo ou tarde, a criança que está aprendendo a falar acaba soltando uma palavra feia. A princípio, de tão inusitado, a situação pode até arrancar gargalhadas, mas o fato é que quando se repete bate um desespero nos pais: O que fazer se meu filho está falando palavrão?

A verdade é que a criança, quase sempre, começa a falar palavrões apenas reproduzindo o que escuta. Elas percebem que há naquelas palavras um sentido que vai além do significado, provocando uma reação nos adultos – surpresa, graça, incomodo – e isso as faz querer repetir, aguça a curiosidade delas.

A questão é que é muito difícil evitar que uma criança escute um palavrão em algum momento, e acabe repetindo. Afinal, nós adultos, soltamos alguns quando topamos com o dedinho no pé de uma mesa ou quando o time perde o gol feito na final do campeonato.

Por isso, é importante aprender a lidar com essa situação quando ela ocorrer, para que a criança não acabe incorporando essas palavras ao seu vocabulário. No post de hoje, separamos algumas dicas. Confira!

1. Controle as suas reações

O primeiro passo é controlar o riso, se você gargalhar a criança vai se sentir o máximo e se sentirá estimulada a fazer de novo, mesmo que depois você repreenda. Na verdade isso vale para outras reações também.

Ao provocar irritação, riso ou chateação em você, seu filho sente como se tivesse super poderes. Ele descobre que aquele é um jeito de chamar a sua atenção. Por isso, inicialmente, o melhor a fazer é deixar passar desapercebido. Aplicar um castigo, logo de cara, pode não ser efetivo.

2. Ensine alternativas

Em um segundo momento, é preciso estimular o uso de sinônimos permitidos. Se você percebe que seu filho usa aquelas palavras para expressar raiva e frustração, é importante ensiná-lo a fazer isso de outras formas, usando outras palavras.

Ensine expressões engraçadas, e passe você também a usá-las e rir delas, tornando-as interessantes. Por exemplo, se você está pegando todos os sinais fechados, solte um “que porcaria”, se não consegue fazer algum eletrodoméstico funcionar, esbraveje “por que raios essa televisão não liga?”.

3. Vigie seu próprio vocabulário

Assim como quase tudo na educação dos pequenos, o exemplo é essencial. Se a mãe, o pai, ou alguém muito próximo fala palavrões cotidianamente, vai ficar difícil exigir um comportamento diferente.

Além de vigiar o que você mesma diz por aí, é importante checar o que seu filho está assistindo na TV e no tablet, para que o seu esforço não seja em vão. Aliás, controlar o tempo de acesso à tecnologia é essencial para combater a agressividade.

Se de toda forma, for muito difícil para você mudar esse hábito, peça ajuda a criança. Estimule-a a te corrigir, e agradeça quando ela fizer, prometa que você está tentando melhorar. Mostre pra ela como é feio, desagradável de ouvir.

4. Explique porque é errado, sem proibir

Se o seu filho já começa a entender os significados e usar os palavrões com sentido correto e bem empregados, é hora de intervir e de estipular limites.

No entanto, proibir nem sempre é a solução. Se o intuito for agredir e chamar atenção, quanto mais errado, mais atraente. Nesse caso, vale um bom diálogo. Primeiro é importante explicar o quanto aquelas palavras ofendem e magoam o outro, questionando se ele gostaria de ser tratado daquela maneira.

Dependendo da idade e da capacidade de entendimento, você pode explicar o significado e até dar a liberdade para ele usá-las em algumas ocasiões privadas, mas é preciso reforçar o que é certo e o que é errado. Muitas vezes, a palavra acaba perdendo o fascínio.

Segundo uma enquete feita no site da Revista Crescer, respondida por 89 pessoas, 69% dos filhos até os 8 anos já soltaram algum palavrão. No entanto, as crianças mais novas fazem isso apenas porque percebem que provocam uma reação, mas sequer tem entendimento sobre o que estão dizendo.

Sendo assim, às vezes vale até fingir que não ouviu e não dar muita importância ao fato, que perde a graça. Mas se à medida que cresce o comportamento persiste vale começar a colocar todas essas dicas em prática, afinal você não quer ser a mãe cujo filho está falando palavrão, não é mesmo?

E você já viveu alguma experiência nesse sentido? Conte para a gente, nos comentários, alguma coisa inusitada que seu filho já falou. Rir na frente deles não é permitido, mas cá entre nós não tem problema, não é mesmo!

 

Deixe seu comentário